terça-feira, 1 de abril de 2014

Oração do dia: Okê meus Caboclos! Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!


Louvados sejam meus ancestrais indígenas, donos dessa terra que o homem branco chamou de Brasil.

Terra imaculada com a cor da pele dos donos das matas, rios, mares e cachoeiras e tudo mais. Fiéis servidores dos Deuses refletidos na magia da natureza tão rica, tão misteriosa e tão bela.

Minha raízes, meus Caboclos, foram regadas pelo sangue índio derramado no solo desse país. Escravizado, ultrajado, violentado, mas resistente. Mantendo a custa da bravura dos guerreiros e guerreiras a sua fé, trazendo sua cura através das flores, folhas, raízes, troncos e frutos independente da cor da pele que o homem vestia naquela encarnação, mas permeado pela matiz dos sentimentos que pairavam no coração do espirito sofredor que recorria ao seu auxílio.

Ah, meus capangueiros! Meus pajés, caciques, guerreiros!
Que seu espírito de luta esteja vivo em mim para que eu seja capaz de servir a Umbanda.

Que seu seja fiel ao sangue que meus irmãos derramaram na luta pela resistência à escravidão, pois "lá nas matas, lá na Jurema, é uma lei severa, é uma lei sem pena!" devolvendo em trabalho pela Umbanda toda a proteção que os senhores e senhoras me deram até o dia de hoje.

Ah, enviados da Jurema! Que sejam as tuas folhas a minha vestimenta. A tua água a matar a sede do meu espírito. O silêncio das matas a resposta ao meu pedido de paz. O canto dos pássaros a mensagem divina aos meus questionamentos. O brilho do sol a luz de Tupã a me guiar. Que seja a Tua Flecha, disparada pela mão do grande arqueiro divino, a diretriz do meu destino.

Okê meus Caboclos! Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário