sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DIVULGAÇÃO - PROJETO BATUC

Caríssimos irmãos de fé e companheiros de jornada, estamos divulgando o convite do Projeto BATUC para o 1º Encontro de Dirigentes e Representantes de Terreiros da Região dos Lagos.

O evento é uma parceria entre o Projeto BATUC, o Mapeamento das Casas de Religião de Matriz Africana da PUC-Rio, com o apoio da Casa do Perdão que trará a discussão de temas muito importantes ao nosso segmento.

Participem e ajude-nos na divulgação de mais essa iniciativa!




Um fraternal abraço da família Casa do Perdão.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Manifesto das lideranças e entidades do movimento social negro em apoio à candidata Dilma Roussef

Dilma é a garantia de avanços para a questão racial


Nós, lideranças e entidades do movimento social negro, que representamos 50,6% da população brasileira, manifestamos nosso integral apoio à candidatura de Dilma à Presidência da República, pelas razões que se seguem: O Brasil produziu em oito anos políticas públicas que alcançaram de maneira muito especial a população negra brasileira, como os programas Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, Bolsa Família, Brasil Quilombola, Saúde da População Negra, Ensino da História e da Cultura Afro-brasileira, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a valorização do Salário Mínimo, o aumento de trabalhadores com carteira assinada e o ProUni, dentre outros.
O crescimento econômico sustentável adotado pelo Governo Lula garantiu mobilidade social, possibilitando a ascensão de 36 milhões de pessoas à classe média, com resultados expressivos para toda a nação e em especial para a população negrabrasileira.
Dilma contribuiu na construção do Estatuto da Igualdade Racial, a primeira lei desde a Abolição criada com o objetivo de possibilitar o acesso de negros e negros aos bens culturais, econômicos e sociais em igualdade de oportunidades.
Dilma defende a titulação das comunidades quilombolas, o ProUni – que já abriu as portas das universidades para 350 mil estudantes negros – e ações afirmativas.
Dilma é a única candidata comprometida com a manutenção do Ministério da Igualdade Racial, criado pelo presidente Lula. Assim, a vitória eleitoral de Dilma presidente é a garantia de que as políticas públicas de inclusão da população negra, indígenas e ciganos não serão interrompidas!
Dilma presidente é a garantia da materialização dos direitos descritos no Estatuto da Igualdade Racial, com ações de igualdade de oportunidades!
Dilma presidente é a garantia do direito à vida digna e à liberdade, inclusive de cada um professar a sua fé e religiosidade!
Dilma presidente é a garantia da consolidação da democracia!
Para aderir ao manifesto mande uma mensagem    para:manifestoigualdaderacial@dilma13.org.br
Assine este manifesto!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reflexão dos Umbandistas e Candomblecistas quanto à eleição presidencial de 2010 e Dilma Roussef


O Centro Espírita Casa do Perdão vem por meio desta sugerir uma reflexão da comunidade religiosa Umbandista e Candomblecista á cerca da eleição presidencial de 2010.  Após observarmos o cenário das propagandas eleitorais para o segundo turno, resolvemos nos pronunciar afim de socializar nosso ponto de vista a respeito da candidatura de Dilma Roussef. Para nós estudantes das ciências sociais e políticas nada é surpresa no que se refere à quantidade de intrigas e calúnias que estão sendo lançadas nesta reta final de campanha, o que nos assusta é o uso oportunista que fazem da internet, este moderno e potente veículo de comunicação para lançarem boatos tecnicamente elaborados para comprometerem a imagem de Dilma Roussef. O que estamos comprovando mais uma vez, é como a comunidade religiosa afro brasileira fica facilmente refém deste tipo de situação em virtude de nossa frágil desinformação sobre como funciona exatamente o sistema político brasileiro.  Ao invés de nos preocuparmos com os rumores de que a candidata Dilma é a favor do aborto e que se posiciona contra os religiosos de matriz africana, precisamos refletir com bom senso e lucidez sobre a nossa organização institucional dentro do país para somente então dizermos que estamos à margem do processo decisório eleitoral brasileiro. Um exemplo repetitivo que costumamos usar para ilustrar o nosso ponto de vista sobre tal questão é o convite inédito do Supremo Tribunal Federal as religiões existentes no país para consultá-las quanto suas posições referentes ao aborto. Esta audiência publica foi transmitida ao vivo pela TV Justiça (conforme link abaixo) e lá somente estiveram presentes os representantes do Segmento Católico (CNBB), dos Evangélicos (IURD) e dos Cardecistas (Associação dos Médicos Espíritas do Brasil), e antes que qualquer um de nós diga com indignação que os umbandistas e candomblecistas não receberam o convite para participar de tal audiência, gostaria de perguntá-los a que órgão o Supremo deveria se reportar para nos convidar, uma vez que somente estiveram presentes órgãos que representam nacionalmente estes segmentos religiosos participantes.  Novamente neste momento eleitoral percebemos quanto o posicionamento religioso está sendo importante para definir o apoio e compromissos de governo e novamente volto a perguntá-los a quem mesmo os presidenciáveis Dilma e Serra devem se reportar para solicitar nosso apoio??? Pois é, a verdade é que não temos um órgão constituído juridicamente, politicamente, economicamente e nacionalmente para ocupar tais espaços e em nosso ponto de vista é neste item que devemos prender nossas atenções ao invés de pegarmos carona no “disse me disse” via web aumentando os pontos que os contos contam sem sequer fazermos uma reflexão lúcida sobre os fatos. Por favor, não subestimemos a sagrada inteligência que os Orixás e nossos ancestrais nos dão e comecemos a tentar entender como o processo funciona. Alguém já ouviu falar de bancada umbandista e ou candomblecista dentro das Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, Federais ou dentro do Senado???  Já que até o presente momento não nos preocupamos com nossa organização sócio política e econômica e ainda temos o disparate de termos entre nós irmãos que se recusam a discutir política, como se isto fosse um assunto sujo aos quais os praticantes da umbanda e do candomblé não devessem participar; gostaríamos de dizer que se por ventura a bancada evangélica ou católica, que são fortíssimas nas estâncias de governo, aprovem uma Lei que proíba, por exemplo, o uso de atabaque ou de oferendas em espaços públicos, nós que lá dentro não temos voz e representação, seremos obrigados a acatar, pois é lá que são elaboradas todas as leis que regulam os cidadãos brasileiros.  Então como dizer que nos recusamos a não pensar sobre a política, se é ela, que elabora e aprova as leis que nos regulam????? Está mesma bancada deu entrada no projeto de lei que reconhece o Gospel como Patrimônio Cultural do País, e nos perguntamos se alguém lembra do Gospel fazer parte do folclore brasileiro??? Por isto precisamos repensar nosso posicionamento sobre os fatos políticos, pois o que não é possível é daqui a quatro anos permaneçamos na mesma situação, ou seja omissos, silenciados e invisíveis a cerca da nossa participação em um processo eleitoral presidenciável tão importante como este que estamos vivendo neste momento.  Realmente a candidata Dilma fez acordo político com as bancadas evangélica e católica para se fortalecer, pois as calúnias que tiraram muitos dos seus votos no primeiro turno foram todas de fundo religioso como o aborto e o casamento homossexual.  Nós não fomos consultados, volto a dizer, porque não temos representação institucional nacional à altura de um acordo político como este que nos possibilite declarar publicamente nossa opinião eleitoral.  A despeito de nossa concordância, é assim que funciona o sistema político brasileiro. É de fato muito frágil a nossa situação. Temos que ter a franqueza de dizer que se por acaso um dos presidenciáveis fechasse apoio político com um pequeno grupo de religiosos afro-brasileiros estes não teriam o poder de comprometer todos os votos dos religiosos do nosso segmento, diferentemente dos evangélicos e católicos que não somente comprometem seus votos como elegem seus indicados. Poucos são as Mães, Pais, Yalórixas, Babálorixas e Zeladores de Santo entre nós, que possuem uma postura de aparente vanguarda e já despertaram para a construção de uma nova visão sobre religião e política, estes são aqueles que como nós não costumam ser bem compreendidos por muitos irmãos de fé e tornam-se facilmente alvo de críticas e ataques oriundos do próprio segmento que em nosso ponto de vista são frutos mais da ignorância mais do que da contrariedade propriamente dita, mas se por acaso seja a discordância irrefletida que move o “povo do contra” também nos cabe respeitá-los. Afinal não haveria democracia se a diversidade não fosse respeitada. Logo falamos nesta carta para aqueles que se encontram conosco em pelos menos alguns pontos em comum que temos apontado e pedimos que se informem a respeito do nosso quadro político dos últimos cinqüenta anos e pesquisem qual foi o ultimo governo que olhou para nós,  sabemos que depois de Getulio Vargas somente Lula direcionou política publica para nos alcançar com a criação da SEPIR- Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, que embora seja um órgão para promover a igualdade racial, abriu espaço para nossas demandas na gestão do então Ministro Edson Santos.  Todos nós sabemos que este Ministério será imediatamente desconstituído caso o candidato Serra seja eleito, porque esta direita burguesa nunca se importou conosco. Pesquisem também em sua cidade e estado qual foi o ultimo religioso assumidamente umbandista ou candomblecista eleito para o legislativo, executivo ou câmaras municipais. Aqui no Rio de Janeiro podemos dizer que desde da década de 70 não elegemos uma pessoa assumidamente da religião, surpreendentemente elegemos  aqueles não adeptos da religião, porém que se mostram simpatizantes a nossa tradição religiosa. Para nós é um mistério porque os religiosos afro brasileiros se recusam a refletir e discutir sobre tais pontos políticos, enquanto os evangélicos e católicos os fazem tranqüila e publicamente, sem um pingo de vergonha e alias porque deveriam ter se estão apenas exercendo seus direitos constitucionais, elegendo aqueles que consideram seus dignitários representantes junto ao poder público. Talvez o que precisamos é entender que os tempos mudaram, já não precisamos mais nos esconder, o preconceito e a perseguição desde o início dos tempos não conseguiu matar nosso amor e fé em nossa ancestralidade e tradição africana, indígena e portanto brasileira. Somos um povo forte, embora ainda desarticulado.  O Mapeamento dos Terreiros financiado pelo governo Lula através da SEPIR é um primeiro passo para a construção de uma política públicas sólida que visa apoiar o inicio de nossa organização social.  Mas muito ainda temos que fazer. Foi o governo do Presidente Lula que também assinou à Carta Compromisso de Combate a Intolerância Religiosa (link abaixo) então nos assusta como muitos ainda tem dúvida sobre em quem  votar para Presidenta, somente Dilma manterá tais ações políticas e não podemos culpa - lá por nossa ausência de organização, o fato de  aliar-se aos evangélicos e católicos não significa que a mesma tenha rompido conosco um pacto de apoio recíproco que sequer foi feito, talvez não por falta de vontade e inteligência política dos coordenadores de campanha, mas por falta de nossa própria organização jurídica, política e portanto institucional.  Novamente voltamos a dizer que nosso maior inimigo não são nossos irmãos católicos e evangélicos, mas sim nossa própria ignorância a respeito de nossos direitos e deveres e é exatamente isto que pretendemos combater com as ações que a Casa do Perdão faz ao longo dos seus onze anos de existência, através das palestras e orientações gratuitas para legalização dos Terreiros e com a idealização do Projeto de Mapeamento dos Terreiros do Rio de Janeiro que ainda tem muito mais a nos dizer positivamente sobre o povo de santo de nosso Estado e desejamos sinceramente que este sirva também como impulso aos religiosos dos outros estados que ainda não começaram a pensar sobre o inicio do processo de se descobrir e em seguida quantificar.  Votar para aquela elite eurocêntrica e burguesa que sempre esteve no comando deste país é cometer um crime com este momento inédito que estamos vivendo em nossa história atual, depois de cinqüenta anos de ostracismo e invisibilidade, sem termos um governo que nos enxergasse,  Dilma merece nosso crédito de confiança por que está comprometida em manter as políticas do Presidente Lula e isto já é para nós o bastante, porque o que para os discordantes, dentro da religião, é pouco para nos já é um bom começo, afinal o que é pouco comparado ao nada que sempre recebemos dos governos anteriores ao Presidente Lula???  Reflitamos com franqueza, coragem e atitude se nossas críticas não devam ser mais direcionadas as nossas ações de organização internas do que para o processo externo que mal nos enxerga, para eles nós somos todos macumbeiros e ponto, e se isto nos incomoda somos nós que devemos mostrar o contrário dando o primeiro passo com o inicio de nossa organização.  Enquanto nós fizermos questão de nos diferenciarmos entre nós, dizendo que sou de tal tradição ou nação, perdemos tempo em formar um bloco coeso que não irá discutir ritualísticas religiosas, mas sim, o nosso papel dentro desta sociedade que depois de 500 anos já pode dizer que tem religião brasileira, indígena e de matriz africana. Conservemos nossas especificidades internamente e externamente vamos nos organizar para então construir o respeito que merecemos dentro do nosso próprio país, que tem a cara da Umbanda e do Candomblé e vamos com Dilma para o Brasil seguir mudando!!!         

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Flávia Pinto

Presidente da Casa do Perdão

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